Depois de uma primeira apresentação… ligeira, no passado dia 7 de setembro, eis que a Dacia dá a conhecer, em pleno, as novas gerações Sandero, Sandero Stepway e Logan. Confirmando não apenas a utilização de uma nova plataforma (CMF), mas também a introdução de mais equipamento, novas motorizações, além de duas caixas de velocidades em estreia.
Começando pelo design, o novo Sandero apresenta linhas mais fluídas, a que acresce a nova assinatura luminosa da Dacia, em forma Y, que passará a marcar a frente de todos os modelos da marca romena. Sendo que os faróis LED passam a ser de série em todos os níveis de equipamento.
Novidade é também uma linha horizontal que, tanto à frente, como atrás, liga os grupos ópticos, contribuindo para a sensação de um automóvel mais largo, o mesmo acontecendo com os puxadores das portas de design mais ergonómico, um portão da bagageira de que passa a ser de accionamento elétrico na maior parte das versões e, já no interior, um painel de instrumentos enriquecido com a inserção de material têxtil e saídas de ar com nova forma. Sem esquecer os 328 litros de capacidade de carga na bagageira, cujo piso é amovível.
Falando especificamente no caso do condutor e a marcar presença, igualmente, no Sandero Stepway e Logan, a possibilidade, que até aqui não existia, de ajustar tanto o banco em altura, como o volante em altura e profundidade, mais-valias a que se juntam, ainda, uma alavanca da caixa de velocidades mais curta e uma direcção com assistência variável 100% elétrica… e a exigir 36% menos esforço da parte do condutor, que na anterior geração.
Sandero Stepway mais musculado, Logan (ainda) mais familiar
Passando, precisamente, ao Sandero Stepway, nesta nova geração de aspecto mais musculado, a estreia de um novo capô específico, nervurado e mais curto, e de aletas curvas logo acima das luzes de nevoeiro, a que se junta a maior altura ao solo (+41 mm que no Sandero) e barras de tejadilho modulares. Ao passo que, no interior, inserções em material têxtil e listas laranja nos contrafortes das portas e do painel de bordo, marcam a diferença.
Finalmente, no novo Logan, destaque para uma estética exterior mais fluída, com maior distância entre eixos, reduzida distância do vão traseiro, ao mesmo tempo que, no interior, a acentuação das características familiares, com um crescimento do espaço ao nível dos joelhos, para os passageiros traseiros, de 42 mm – ganho que, aliás, partilha com o Sandero, e que também o torna um dos mais espaçosos, neste domínio, no segmento.
Além deste aumento, a introdução de mesas tipo avião nas costas dos novos bancos dianteiros, extensíveis em 70 mm, enquanto que, a bagageira, continua uma das maiores do mercado no segmento B, com 528 litros, e agora com um acesso 19 mm mais baixo, além de um novo e inédito sistema organizador, composto por quatro separadores amovíveis entre si e com tamanho modulável em função das necessidades.
Mais equipamentos
Falando de equipamentos, os novos Sandero, Sandero Stepway e Logan, passam a exibir, como equipamento de série e independentemente do nível de acabamento, suporte para smartphone (amovível consoante as versões), um ecrã de computador de bordo, comandos do regulador e do limitador de velocidade no volante, ativação automática dos faróis e sistema Stop&Start.
Depois, estão igualmente disponíveis, de série ou em opção, um novo sistema de ar condicionado automático com indicação digital, cartão mãos livres com botão para abertura à distância da bagageira, travão de estacionamento elétrico, câmara de marcha-atrás, sistema de ajuda ao estacionamento dianteiro e traseiro e ativação automática dos limpa-vidros. Já para não falar na estreia que será a disponibilização, pela primeira vez na Dacia, mas apenas a partir de 2021, do primeiro tecto de abrir elétrico em vidro.
Quanto a sistemas multimédia, a possibilidade de optar entre uma de três opções – Media Control, Media Display e Media Nav -, com ecrãs que variam entre as 3,5 e as 8 polegadas, ao passo que, no domínio da segurança, a nova arquitetura electrónica, veio permitir a disponibilização de ajudas à condução – travagem ativa de emergência, sensor de ângulo morto, ajuda ao estacionamento e apoio ao arranque em subida – e de equipamento de segurança de última geração.
Com motores Euro 6d-Full, GPL, ECO-G… mas sem Diesel
Equipados com um novo eixo dianteiro, a que é atribuída maior capacidade de filtração e de direcção, além de a prometerem menor rolamento da carroçaria, maior estabilidade e menos transmissão de vibrações ao habitáculo, os novos Sandero, Sandero Stepway e Logan apresentam-se, igualmente, com novos motores cumpridores da norma Euro 6d-Full, a qual só entrará em vigor a 1 de janeiro de 2021. Mas, também, já sem qualquer bloco Diesel…
Entre as motorizações disponíveis, surge um três cilindros 1.0 atmosférico de 65 cv, denominado SCe 65 (não disponível no Sandro Stepway); um três cilindros 1.0 Turbo de 90 cv (TCe 90); e um novo bloco tricilíndrico 1.0 Turbo (TCe 100 ECO-G), a debitar 100 cv, a partir de bicarburação GPL, ou seja, alimentação mista a gasolina e gás de petróleo liquefeito.
A juntar a estes motores, a já conhecida transmissão de cinco velocidades, disponível apenas com o bloco de entrada SCe 65, ao passo que as restantes motorizações, passam a dispor de caixas de velocidades novas na marca – uma transmissão manual de seis velocidades e uma automática do tipo CVT, ou “Continuously Variable Transmission”. Ambas disponíveis com o TCe 90, ao passo que a motorização GPL TCe 100 ECO-G, apenas por de ser associada à solução manual de seis velocidades.
Preços? Só mais tarde
Divulgadas todas informações estéticas, técnicas e de equipamento, relacionadas com as novas gerações Sandero, Sandero Steway e Logan, fica, agora, apenas por conhecer, a estrutura de preços, nomeadamente, para o mercado português. Sendo, embora, certo, que, mesmo com produtos mais evoluídos, a Dacia não abandonará o posicionamento low-cost que, desde o início, a caracterizou…
Fonte: Turbo