Segundo os dados da DECO Proteste, quase 50% dos portugueses não tem estrutura financeira para aguentar o aumento dos preços.
O estudo revela que 81% tem medo de gastar dinheiro prevendo um período de crise, principalmente nos setores da saúde, alimentação e lazer.
A poupança assumiu assim um papel mais importante na vida dos portugueses: 46% referem que desligam mais vezes os eletrodomésticos ou evita usá-los, 39% têm mais atenção ao consumo de água e 27% assumem que cancelaram ou adiaram compras de grande valor, como móveis e eletrodomésticos.
Com a guerra entre a Ucrânia e a Rússia, e as sanções a Moscovo por parte do Ocidente, a crise tem-se vindo a agravar cada vez mais. Ainda assim, 30% dos inquiridos consideram que as sanções à Rússia são necessárias, apesar da crise.
No entanto, a guerra não é o único fator determinante, sendo que 87% dos portugueses consideram que muitos produtos, sem relação com o conflito, estão caros.
A inflação e a subida das taxas Euribor contribuem para uma preocupação cada vez maior por parte dos portugueses. Um estudo da Intrum revela que 70% dos portugueses estão preocupados com o aumento destas taxas e de como se poderá refletir no seu bem-estar financeiro.
Este inquérito revelou ainda que apenas 64% dos participantes percebia de que forma seria afetado se a inflação fosse superior à taxa de juro sobre a poupança, o que revela a necessidade de incrementar a literacia financeira.
Saiba aqui como controlar melhor o seu dinheiro.