Em março, o mercado nacional online de usados cresceu 76,8%.
Estes são dados do INDICATA, que revela que relativamente ao mesmo mês de 2020 – quando foram impostas as primeiras restrições para combater a pandemia da Covid-19 – março apresenta um crescimento de 33,4% na venda de usados relativamente a fevereiro, após a queda mensal de 13,4% verificada em fevereiro.
De notar, embora as vendas em todas as idades tenham crescido, o aumento de 59% nos usados mais recentes (com menos de um ano).
Quanto a tipos de energia, os usados a gasolina continuam a vender mais rápido com a rotação de stock a 4,8x (aumento de 39% relativamente a fevereiro), destaca o INDICATA.
Já os veículos 100% elétricos apresentam uma oferta desafogada com o stock a vender “muito lentamente”, diz o Observatório, sendo a sua rotação de apenas 2,5x.
Dados apontam para um escoar mais rápido de motorizações a gasolina face ao diesel. No entanto, o veículo até aos quatro anos de idade a vender mais rápido em março foi o Opel Zafira diesel a 11,6x. Depois foi o Dacia Duster a 10,4x e o Fiat 124 a 9,0x.
Vendas de usados na Europa
Um ano depois da Covid-19 ter sido declarada uma pandemia pela Organização Mundial de Saúde, o volume de vendas de usados na Europa disparou 49,1%.
Embora a maioria dos países analisados pelo Observatório INDICATA sofra ainda de algum tipo de bloqueio ou confinamento, o último ano serviu para os retalhistas melhorarem as suas lojas online.
É por isso que este aumento de 49,1% em termos homólogos era já algo esperado.
Áustria e Itália foram os países que registaram os maiores aumentos nas vendas em termos homólogos, com taxas de crescimento na ordem dos três dígitos – há um ano eram os dois países com a maior taxa de declínio, com quebras de 41,6% e 43%, respetivamente.
Os stocks
O aumento de vendas de usados online está a levar a um aumento do stock usado anunciado, enquanto os preços dos automóveis usados em vários mercados estão a aumentar.
França é um bom exemplo, diz o INDICATA.
Os níveis de stock online têm vindo a aumentar nos últimos dez meses, o que resulta num aumento de 43,5% relativamente ao ano anterior.
Mercados como o polaco, por exemplo, vivem situação inversa, uma vez continuam a enfrentar as restrições de abastecimento, impedindo assim as vendas e impulsionando os valores dos veículos usados.
Excluindo o Reino Unido, a dimensão do stock a entrar em abril é apenas 1,7% inferior à do ano passado, o que indica que há stock mas não necessariamente “nos lugares certos, o que terá um impacto negativo na rentabilidade”, refere o INDICATA.
Quanto ao mercado britânico, em baixa de 2,0% em termos homólogos, é opinião do Observatório INDICATA que a posição global em todos os mercados está alinhada, estando apenas em consideração o facto de a circulação de stock em toda a Europa continental não estar a acontecer tanto durante a pandemia como noralmente, o que pode causar problemas em alguns mercados.
Fonte: Fleet Magazine