Sabia que o automóvel mais vendido em setembro, na Europa, foi um elétrico?
O Tesla Model 3, com o preço a partir de 50.900€, tornou-se o primeiro elétrico líder de vendas de automóveis na Europa. A marca vendeu, no total, cerca de 24.600 exemplares.
Os restantes veículos mais vendidos foram o Renault Clio (com 18.300 veículos vendidos), o Dacia Sandero e o Volkswagen Golf, com mais de 17.500 exemplares vendidos.
Mais procura por automóveis híbridos e elétricos
Mundialmente, a procura e interesse por veículos elétricos e híbridos tem aumentado visivelmente e o mercado europeu não é exceção.
Na Europa, no último trimestre, os veículos a gasolina tiveram menos vendas do que os híbridos, híbridos recarregáveis e elétricos, que representaram 20,7% do mercado europeu, segundo o relatório da ACEA.
A pensar nesta alteração de paradigma, a Hertz, uma empresa de aluguer de carros, encomendou 100 mil carros à Tesla. O objetivo é aumentar o número de automóveis elétricos, disponíveis a partir de novembro, nos Estados Unidos e em algumas cidades europeias.
Em Portugal, segundo a JATO Dynamics Portugal, até setembro foram registados 7829 veículos elétricos, ultrapassando já o número de veículos registados nos anos anteriores.
Produção reduzida e aumento do preço
Os componentes eletrónicos, por outro lado, têm sido um problema pela sua escassez, o que provocou uma redução da produção de automóveis.
Com a produção reduzida, os tempos de espera por um veículo novo têm aumentado, sendo que a estimativa mínima de espera ronda os 3 meses (e em muitos casos, ultrapassa largamente este prazo).
Este atraso e redução da produção impacta o preço para o consumidor final, uma vez que existem mais custos de produção, o preço final aumenta também.
Houve também um aumento de procura de carros usados (e preço). A oferta de carros novos limitada e o seu preço, acabou por impulsionar a compra de carros usados.
A Associação de Fabricantes para a Indústria Automóvel aponta os desafios para as empresas e consumidores: além do COVID-19 e da crise inerente, junta-se o custo das matérias-primas, cada vez mais alto (incluindo o dos componentes eletrónicos).
E soluções?
O problema reside na dependência da produção dos componentes elétricos na Ásia. A solução poderá também passar pela produção nacional dos componentes em falta.
A produção dos chips já foi iniciada por empresas como a Intel e outras que aumentaram a sua capacidade.
Os resultados do aumento da produção não serão imediatos, porém, segundo a Fitch, o equilíbrio da oferta e da procura só deverá ser atingido a meio do próximo ano.
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