Até setembro de 2023, foram investidos mais de 6 mil milhões de euros, um número 4 mil milhões de euros superior – 64% em termos percentuais – por comparação ao do mesmo período do ano anterior, onde apenas se registaram 2.29 mil milhões.
A amortização do crédito da casa é uma forma de investir dinheiro que aparenta atrair cada vez mais portugueses. A subida significativa de juros e a falta de soluções de investimentos de baixo risco podem ser as causas apontadas para o disparo das amortizações analisadas no último ano.
Com o propósito de ter uma ideia face a este impacto, um cliente que tenha realizado em novembro de 2008 um contrato de crédito no valor de 150 mil euros, indexado à Euribor a 12 meses, com prazo de 30 anos e um spread de 1%, paga, atualmente, 690.98 euros por mês. Caso este cliente decida seguir os passos de outros portugueses e amortizar antecipadamente 20 mil euros, a sua prestação mensal será de 531.15 euros, a partir do próximo mês, representando uma redução de 23% (-159,83€).
Apesar desta tendência de investimento por parte dos portugueses, a DECO Proteste avisa que cada um deve analisar o seu próprio caso com o devido cuidado. Nuno Rico, especialista em produtos bancários e economista na DECO, acrescenta que “a família não deve pôr em causa nenhum fundo de emergência que tenha, e quando falamos aqui em fundo de emergência é aquele fundo que deve estar disponível para fazer face a uma despesa inesperada, não deve utilizar isso para efeitos de amortização”.
Fonte: Diário de Notícias; SIC Notícias