Segundo o relatório Financial Literacy Around the World, Portugal está entre os países europeus com menor literacia financeira. Em média, na União Europeia, cerca de 52% dos adultos têm conhecimentos básicos a nível financeiro.
Portugal encontra-se nos 26% , sendo um dos países com menor índice da Europa, apenas ultrapassado pela Roménia (22%). A nível mundial, Portugal encontra-se ao mesmo nível que a Nigéria, Ruanda, Guatemala e Paquistão. Os países nórdicos são a zona europeia onde se encontram mais pessoas com literacia financeira.
O índice de literacia financeira envolve a compreensão de 4 tópicos:
- Diversificação do risco (que indica propensão para as pessoas sentirem mais segurança ao fazerem vários investimentos ou apenas um)
- Inflação
- Numeracia (neste contexto, ter capacidade de calcular taxas de juro)
- Juros compostos
Se quiser saber mais sobre inflação, veja o vídeo informativo do Banco de Portugal e SIC Notícias aqui.
Porque é que a literacia financeira é importante?
No mundo todo, estima-se que apenas 1 em cada 3 adultos tenham conhecimento de conceitos financeiros básicos. Estes conceitos são importantes para compreender as alterações financeiras que rapidamente se desenvolvem e que vemos frequentemente noticiadas.
O acesso à criação de contas bancárias e serviços financeiros aumenta cada vez mais, mas é essencial desenvolver a capacidade de compreensão das oportunidades apresentadas, evitando um eventual sobreendividamento e/ou incumprimento. Os empréstimos/créditos são uma solução, mas é essencial compreender os termos complexos que os envolvem para tomar uma decisão informada.
Na maioria das economias desenvolvidas, 26% dos adultos têm um empréstimo para comprar casa ou apartamento. Comprar casa é um passo que requer vários cálculos complexos, por isso seria de esperar que as capacidades e conhecimentos financeiros fossem superiores, porém nem todos têm conhecimento suficiente.
Nos EUA, 30% das pessoas com um crédito à habitação não compreendem como funcionam as taxas de juro e como a dívida acumula. Porém este não é um problema apenas visível nos Estados Unidos, já que no Japão este número supera os 37%.
Também nos EUA, onde não existe a pensão de reforma nos termos em que existe em Portugal, apenas 47% dos que escolhem não poupar para a velhice têm conceitos financeiros básicos. Isto torna-se cada vez mais importante para a Europa também, uma vez que com uma população cada vez mais envelhecida, as pensões tornam-se mais pequenas, o que significa que os cidadãos deverão começar a planear e a poupar para mais tarde.
No entanto, os dados obtidos mostram que principalmente na Europa Central e Oriental, os jovens adultos não têm essa preocupação e os adultos mais velhos não têm conhecimento para lidar com os desafios e dificuldades da reforma.
A conclusão do estudo é que quanto mais informação e conhecimento financeiro tiver, menos provável será entrar em incumprimento e mais facilmente conseguirá criar uma poupança. Em Portugal, existem instrumentos como O Risco Espreita que estimulam o conhecimento dos mais novos.
Se considera fazer um crédito, é importante que compreenda tudo o que este envolve. Fale connosco.